19 outubro 2009

Manifesto pela formação de comissões de base

À Bacia de Campos – Plataformas
Partindo do princípio de que a crise é fato concreto e do endurecimento das atitudes das empresas frente às demandas da classe trabalhadora, convocamos todos à reflexão realizada durante o último movimento paredista, pelas trabalhadoras e trabalhadores da plataforma de Pargo:
Diante das experiências práticas do movimento no março passado, constatamos a insuficiência no nível de organização da categoria, e consequentemente, a debilitação da unidade e da intensidade das ações. Observamos também a dificuldade de comunicação, ocorrida somente entre as plataformas, deixando-nos isolados das notícias nacionais e mesmo de nosso representante legal, o sindicato.
Com isso, foi proposto em assembléia ( votado, por unanimidade ) a formação das Comissões de Base, como meio para sanar essa deficiência e fortalecer o movimento.
As comissões de base são organismos autônomos por local de trabalho.
Por autonomia entende-se independência frente à empresa, os governos, partidos ou grupos políticos e também do sindicato. Independência em relação ao sindicato não significa oposição ou divisão, mas uma forma de uma forma de defendermos nossos interesses, com ou sem o contato com o mesmo ( comunicação foi cortada com a “terra”...).
As comissões de base visam à participação de todos os trabalhadores e trabalhadoras sendo, portanto abertas suas reuniões inclusive para contratados. E, devem ter uma coordenação, formada por três membros em cada grupo, com a função exclusiva de convocar reuniões semanais.
Uma vez instaurada a reunião da comissão, deve ser escolhido um companheiro para a mesa e outro para a relatoria. Todas as comissões devem ser destinadas para fins específicos, não tendo os “coordenadores”, ”mesas” e “relatores”, qualquer preponderância sobre as decisões.
  As funções das comissões de base:
- Facilitar a circulação de informações dentro de cada local de trabalho ( plataformas e bases de terra ) e entre os diferentes locais de trabalho;
- Aprofundar o debate para que as ações sejam mais refletidas, consistentes e coerentes;
- Resolver polêmicas, aumentando a capacidade de ação coletiva unificada;
- Servir de canal para potencialização de iniciativas dos próprios trabalhadores;
- Fazer relatórios e propor ações que devem ser divulgadas entre a/os trabalhora/es da unidade, enviadas às comissões de base de outras unidades ( intercâmbio de informação ) e ao sindicato ( havendo interesse ou necessidade ), e repassadas para o grupo seguinte (como uma passagem de serviço – “continuidade operacional” ).

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