20 novembro 2009

Que Sistema?

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18/11/09 - 13h13 - Atualizado em 18/11/09 - 14h26
Temer diz que redução da jornada pode 'instabilizar' o sistema

Declaração foi dada durante o 4º Encontro Nacional da Indústria.
Deputado participa nesta quinta de reunião com patrões e sindicalistas.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília



O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), em entrevista durante comissão geral da Casa nesta quarta-feira (18) (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou nesta quarta-feira (18), durante o 4º Encontro Nacional da Indústria, que, em alguns casos, a alteração das legislações vigentes resultam em instabilidade para o aporte de investimentos por parte das empresas.



"Quem vai investir, quer que não se modifique (...) Vamos continuar legislando para melhorar os marcos, mas não vamos exagerar. Se insiste muito na redução da jornada de trabalho, o que demanda uma nova legislação que pode instabilizar [gerar instabilidade] o sistema. Se vier uma redução radical, isso instabiliza o sistema. Temos que legislar, mas com muita cautela, moderação e equilíbrio. Toda e qualquer nova lei pode desagradar setores e gerar incompatibilidades indesejadas para o nosso país", afirmou a uma plateia de empresários.



Procurado ao fim de sua intervenção pela reportagem do G1, Temer não se disse contrário, de antemão, à redução da jornada de trabalho. Entretanto, afirmou que, caso esse caminho seja adotado, tem de ser buscada uma solução "harmoniosa" entre as categorias (trabalhadores e patrões).
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Encontro

A Força Sindical informa que os representantes dos trabalhadores e dos empresários têm encontro agendado para esta quinta-feira (19), às 10h30, com Temer para "chegar a um acordo de como será a implantação da jornada semanal de trabalho de 40 horas". Atualmente, a jornada semanal é de 44 horas.


Segundo a Força, essa negociação foi sugerida pelo deputado Temer na reunião realizada com os dirigentes das centrais sindicais, no dia 11 de novembro.

"Naquele dia, o deputado Temer foi pressionado pelos sindicalistas para fixar uma data para votar em plenário a PEC 231/95, que reduz a jornada. No entanto, o presidente da Câmara disse que, embora o Congresso Nacional funcione sob pressão, o seu estilo é de conciliação e, portanto, considerava necessário um entendimento entre as partes antes da votação", diz a Força Sindical, por meio de sua página na internet.

Os representantes dos trabalhadores, que participarão do encontro, são os deputados Paulo Pereira da Silva, Paulinho (PDT-SP), presidente da Força Sindical; Vicentinho (PT-SP); e Roberto Santiago (PV-SP).

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